Ranking das folhas salariais dos clubes da Série C do Campeonato Brasileiro

17.04.2024

Ranking das folhas salariais dos clubes da Série C do Campeonato Brasileiro

Neste final de semana, a bola vai rolar na estreia do Campeonato Brasileiro da Série C. Enquanto a bola não rola nos gramados, muito está sendo debatido sobre quais clubes irão brigar para subir ou não. Um aspecto importante que pode influenciar nisso é o investimento financeiro das equipes em suas folhas salariais. Confira abaixo o ranking das folhas salariais dos times da Série C:

16º São José: O time gaúcho possui uma das menores folhas salariais da Série C, com R$ 250 mil gastos no futebol por mês. No Gauchão deste ano, o São José terminou a primeira fase, que tinha doze times, em sexto lugar, com três vitórias, seis empates e duas derrotas. Na fase de mata-mata, foi eliminado pelo Caxias nas quartas de final.

15º Volta Redonda: Com uma folha salarial aproximada de R$ 280 mil, o Volta Redonda fica na parte inferior do nosso ranking. O Voltaço não teve um bom desempenho no estadual, ficando apenas na décima posição do Carioca, com uma campanha de duas vitórias, três empates e seis derrotas.

14 º Caxias: O Caxias tem inicialmente uma folha salarial de R$ 350 mil, mas com alguns reforços que podem chegar para a disputa da Série C, esse valor deve subir, embora não ultrapasse o teto do clube, que é de R$ 450 mil. A equipe Grená terminou a primeira fase do Campeonato Gaúcho em terceiro lugar, com quatro vitórias, quatro empates e três derrotas. Foi eliminada na semifinal pelo Grêmio, que viria a ser o campeão. Uma curiosidade é que Argel Fuchs é o treinador do time.

13º ABC: “O mais querido”, com uma folha salarial em torno de R$ 400 mil, teve um bom começo de ano, chegando a ser vice-campeão do primeiro turno do Campeonato Potiguar. Porém, não repetiu a mesma performance no segundo turno, longe disso, sequer venceu uma partida, consequentemente ficando fora da final. Na Copa do Nordeste, a equipe também não foi bem, não passando da fase de grupos, com uma campanha de uma vitória, quatro empates e três derrotas. Para a Série C, o ABC fez mudanças no departamento de futebol e até então reforçou a equipe com dois reforços.

12º Confiança: Ocupando a décima segunda posição do nosso ranking, aparece a equipe do Confiança com uma folha salarial de R$ 400 mil mensais. O time foi campeão do Campeonato Sergipano e até o momento já reforçou o elenco com cinco reforços para a disputa da Série C. Na Copa do Nordeste, o Dragão não passou da fase de grupos.

11º Ypiranga: A equipe gaúcha, que neste ano de 2024 está comemorando o seu centenário, tem como objetivo conseguir um acesso para a Série B, algo que é visto pela diretoria do clube como se fosse um título. Para isso, estão sendo investidos cerca de R$ 430 mil por mês no futebol para esta temporada. No estadual, a equipe ficou abaixo do esperado, ficando apenas na nona posição, não avançando para a segunda fase da competição, com uma campanha de uma vitória, sete empates e três derrotas.

10º São Bernardo: O próximo clube da lista é o São Bernardo, com uma folha salarial de aproximadamente R$ 450 mil. No Campeonato Paulista, o time não passou da fase de grupos, fazendo uma campanha de seis vitórias, três empates e três derrotas. Uma curiosidade é que Ricardo Catalá assumiu a vaga de Márcio Zanardi, que foi para o Goiás.

9º Londrina: Após descer da Série B, o Londrina começou o ano com uma folha salarial girando em torno de R$ 500 mil. No Paranaense, o Tubarão ficou em oitavo lugar na primeira fase, com três vitórias, cinco empates e três derrotas. O Londrina foi eliminado nas quartas de final pelo Athletico Paranaense, que foi o campeão do estadual. Para a disputa da Série C, foram contratados 12 reforços.

8º Figueirense: O Figueirense tem uma folha salarial que gira em torno de R$ 600 mil, o que o coloca na oitava posição do nosso ranking. No Catarinense, na primeira fase, o Furacão ficou em quarto lugar, com uma campanha de cinco vitórias, três empates e três derrotas. O Figueira acabou sendo eliminado nas quartas de final pela equipe do Barra. Após a eliminação no estadual, chegaram apenas três reforços. Lembrando que o Figueirense está momentaneamente punido até outubro com o transfer ban.

7º Botafogo-PB: O Belo chega para esta edição da Série C com o objetivo de conseguir o acesso, investindo cerca de R$ 600 mil por mês no futebol. No campeonato Paraibano, o Botafogo-PB acabou sendo surpreendido pelo Sousa e ficou apenas com o vice-campeonato. Na Copa do Nordeste, na fase de grupos, o time fez 4 vitórias, três empates e uma derrota, sendo eliminado pelo CRB nas quartas de final.

6º Náutico: O Náutico também conta com uma folha salarial de cerca de R$ 600 mil, e a ideia da diretoria do clube é reforçar o time para a disputa da Série C, sem ultrapassar o orçamento de R$ 750 mil por mês. O técnico Alan Aal foi demitido durante o Campeonato Pernambucano, competição em que o Timbu foi vice-campeão, perdendo a final para o Sport, e para o seu lugar veio o Mazola Júnior. Na Copa do Nordeste, o Timbu passou para a segunda fase com uma campanha de uma vitória, quatro empates e três derrotas e acabou sendo eliminado nas quartas de final pelo Bahia.

5º Ferroviário-CE: O campeão da Série D de 2023, o Ferroviário, chega para disputar a Série C deste ano de 2024 com uma das maiores folhas salariais da competição, com valores girando em torno de R$ 700 mil. No estadual, a equipe acabou caindo para o campeão Ceará na semifinal. Na Copa do Nordeste, o time não conseguiu se classificar para o campeonato regional. Vale ressaltar que o Ferroviário caiu na segunda fase da Copa do Brasil após empate com o Sampaio Corrêa e disputa nos pênaltis.

4º CSA: Com uma folha de aproximadamente R$ 750 mil por mês, o time alagoano não conseguiu se classificar para a Copa do Nordeste e nem para a fase de mata-mata do estadual, tendo uma campanha de duas vitórias, dois empates e três derrotas. Porém, o CSA ganhou a Copa Alagoas, equivalente à Copa SC.

3º Remo: O Remo é o clube que fecha o top 3 do ranking, com uma folha salarial de aproximadamente R$ 800 mil por mês. O time começa esta Série C em processo de reconstrução, após perder o Parazão e ser eliminado na Copa Verde, ambos para o maior rival, Paysandu. O técnico Gustavo Morínigo tem a missão de levar um elenco badalado, com nomes como Ytalo, Ribamar e Kelvin, para o acesso à Série B.

2º Athletic: A equipe mineira, que subiu para a Série C em 2023, chega este ano com uma folha salarial em torno de R$ 900 mil por mês. Apesar da SAF do Athletic ser uma estreante nesta edição do campeonato nacional, a ideia da diretoria é buscar o título e consequentemente o acesso. No estadual, o time não conseguiu avançar às semifinais, tendo uma campanha de quatro vitórias, um empate e três derrotas. No entanto, o Athletic faturou o Troféu Inconfidência (disputa entre os times que ficaram entre a quinta e a oitava posições).

1º Tombense: Fechando o pódio com a maior folha salarial está também a equipe mineira Tombense, que conta com um investimento um pouco maior, de R$ 1 milhão e 200 mil por mês. No estadual, o time comandado pelo técnico Raul Cabral (ex-Hercílio Luz) fez quatro vitórias, três empates e apenas uma derrota, caindo na semifinal para o Cruzeiro.

Aparecidense, Floresta, Sampaio Corrêa e Ferroviária-SP não constam no ranking pois a equipe de reportagem do Marcou no Esporte não conseguiu apurar as informações sobre estes clubes. Também deve ser ressaltado que os valores obtidos nesta matéria foram através da colaboração de colegas jornalistas setoristas que acompanham o dia-a-dia dos clubes (ou seja, dados não oficiais). Portanto, pode haver um equívoco em determinada posição de um clube acabar subindo ou descendo, mas o panorama geral é este.

Foto: Fernando Roberto/Ituano FC

Roberto Gatti

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Roberto Gatti


Além do Marcou no Esporte, Roberto Gatti, 23 anos, também trabalha como produtor do quadro Já É Mané, do Balanço Geral, e do Clube da Bola, da NDTV. Ele atuou também no blog Mercado do Futebol.

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8 respostas para “Ranking das folhas salariais dos clubes da Série C do Campeonato Brasileiro”

  1. Eduardo Rezende Freitas disse:

    ótima reportagem

  2. Nilvan disse:

    o 12 do ranking é de Aracaju-Sergipe e foi campeão Sergipano, portanto não é Alagoano.

  3. Gustavo disse:

    a folha do CSA na série C para ano já foi elaborada será de 1.250.000,00 (hum milhão duzentos e cinquenta mil,) e não 750.000,00. 800 mil foi para disputar o alagoano.

  4. José Francisco Vieira disse:

    o valor do investimento nada significa, pois o Avaí com uma folha de três milhões não chegou a final do catarinense

  5. Michel disse:

    Como pode um time Alagoano ser campeão Sergipano? Confiança é de Aracaju-Se estagiário mau informado.

  6. Jorge Avilla. disse:

    Não se deve fazer reportagem sobre ouvir dizer!!
    ou faz a reportagem correta ou não faz.
    estão enchendo linguiça de todos os tipos de carne…..!
    isso não é justo.
    falei ponto!!!

  7. Ângelo Medeiros disse:

    Muito pertinente a pauta. Parabéns. O equívoco com os clubes nordestinos, embora evitável, não desmerece o trabalho. Qtos jornalões da mídia internacional cravam Buenos Aires como capital do “Brazil” ? Acho só que por motivos tributários e de mercado, tem clube aí na lista atrás do toco. Ainda que um elenco milionário não seja invencível, na média deve sobressair sobre os caixas mais franciscanos. Mais um ano de sufoco para o nosso Figueira, para ser bem realista.

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