Mário Medaglia: Nosso futebol sob mau tempo

30.08.2021

Mário Medaglia: Nosso futebol sob mau tempo

Os clubes catarinenses não foram bem nas quatro divisões do Brasileirão. Somente uma vitória, a do Juventus na série D. O Marcílio perdeu, o Joinville empatou, mas está classificado. Juventus e Marcílio lutam pela última vaga. Na C o Figueirense perdeu mais dois pontos em casa no empate de 1 a 1 com o Ypiranga, ficou longe do rebaixamento e também da passagem para a próxima fase. O Criciúma se mostra um time caseiro, perdeu em Novo Horizonte. Ainda assim o Tigre ficou em terceiro e praticamente classificado.

Na B o Avaí perdeu para o modesto Vila Nova em Goiânia, o Brusque empatou no seu estádio com o Londrina e deve ficar mesmo na segunda divisão. Por lá o clima ficou mais pesado depois que o meia Celsinho, jogador londrinense, denunciou manifestações com injúrias racistas vindas das arquibancadas onde estavam, ilegalmente, dirigentes do clube. O Avaí, apesar dos pontos deixados pelo caminho, na Ressacada e fora, chegou aos 33 e está a dois pontos do G4. O equilíbrio é tão grande que, a partir do líder Coritiba com 39, dez times estão na faixa dos 30 pontos até o Vasco, em décimo lugar com 31. A Chapecoense segue sem vencer na série A e o rebaixamento parece inevitável apesar de termos o returno inteiro pela frente.

A não ser que o quadro melhore durante a semana, todos estes números na linguagem meteorológica diriam que a previsão para as próximas rodadas seria de céu encoberto com nuvens carregadas, possibilidade de chuva e trovoadas. É a metáfora perfeita para o desempenho dos nossos clubes desde a última sexta-feira, como mostram os números do Brasileirão em suas quatro divisões. A única abertura com chance de dia ensolarado ficaria, ironicamente, para a cidade mais chuvosa do estado, com a classificação do Joinville para a próxima fase da série D. No mais, vamos torcer para que o tempo melhore, ao menos em Florianópolis, resultado do espaço que Figueirense e Avaí ganharam na tabela. Uma nova intempérie pode causar grandes estragos e deixar alguém ao desabrigo.

As redes sociais refletem o desconforto dos torcedores com a instabilidade da nossa Dupla. A gritaria é grande, a começar pelos lados da Ressacada, onde o técnico Claudinei e o presidente Batistotti foram muito criticados. No Figueirense a diretoria, mesmo sob suspeita de que poderia fazer mais – eu acho que não -, a bronca sobra em grande escala para o treinador. Discordo, porque a vaca ordenhada pelo Jorginho está de tetas murchas. O leite e o pasto secaram faz tempo. Já para o Claudinei os úberes estão cheios. Basta acertar o tempo e a hora das ordenhas.

Foto: Patrick Floriani / FFC

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