Renan Schlickmann: Como se diz na gíria: “Clássico não se joga, se vence”

18.02.2024

Renan Schlickmann: Como se diz na gíria: “Clássico não se joga, se vence”

O Clássico é isso: “não se joga, se vence”. E geralmente em Clássico é assim, jogo truncado, brigado, muitas vezes a técnica fica em segundo plano. Logicamente que não é apenas na “raça” que se vence. E foi o que o Avaí fez.

A primeira etapa teve um Leão da Ilha querendo a posse de bola, com o adversário marcando forte, querendo jogar no nosso erro. O primeiro tempo foi de pouca inspiração, muito pelo meio-campo azurra, que pouco produziu com a sua trinca: Ronaldo Henrique, William Maranhão e João Paulo. Apesar disso, as melhores oportunidades foram do Avaí. Uma com Pedrinho que perdeu cara a cara, após belo passe de Poveda. A segunda chance clara foi numa cabeçada de Douglas Bacelar que subiu sozinho na pequena área após cobrança de falta de Pedrinho. Já o coirmão teve uma única chance no início do jogo que parou na bela defesa de Igor Bohn.

Logo no início da etapa final de jogo, o jogador Tito, do lado de lá, provavelmente com dor de cabeça pelo calor que o Pedrinho fazia, mostrou os dois dedos do meio para nação avaiana, mudando definitivamente o panorama da partida. A partir daí, o Leão ditou o ritmo de jogo. Mas antes de continuar analisando o Clássico, vou contar uma particularidade.

Conversando na véspera do Clássico com o amigo Gastão de Assis, o corneta do parapeito da Ressacada, dizia a ele: “tiraria o Poveda do time e colocava o Jean Lucas para dar uma preenchida no meio, mas como sei que Barroca manterá ele, quem sabe Poveda não faça uns dois gols, se consagra no Clássico e ganhe confiança a partir de agora”. Gastão concordou e também previu isso. Na mosca!

Dois gols de oportunismo, de um típico camisa 9, pode, quem sabe, mudar sua história no Leão da Ilha. Só o tempo dirá! Mesmo sofrendo um susto com o gol de empate do coirmão, mantemos a calma e soubemos aproveitar bem atuando com um jogador a mais.

A nação avaiana tem que comemorar SIM a vitória em cima do maior rival dentro do nosso salão de festas. Ressaltar a entrega de todos para que pudéssemos alcançar o trunfo.

Tirando a nossa vitória de lado agora, não foi porque vencemos o Clássico que mudo minha opinião que o Barroca não deva ser o nosso treinador para o restante da temporada. Não gosto do esquema de jogo dele, não gosto das escolhas dele – apesar que no Clássico foram boas trocas – não gosto da leitura dele. Mas se a diretoria confia e tem convicção no seu trabalho, não vou deixar de apoiar, até porque ele comanda o Avaí Futebol Clube.

Antes de finalizar minha análise, não poderia deixar de mencionar o nosso maior problema na temporada (e de outras): a defesa. A dupla Tiago Pagnussat e Douglas Bacelar fizeram uma partida razoável. Mas tenho preocupação para sequência, acho a dupla muito lenta e de pouca mobilidade. Precisamos reforçar essa posição e definir os titulares para manter uma sequência. Apesar do erro no empate do coirmão, gostei muito do Gabriel Dias na direita. Se ele tiver sequência, sem lesões, estaremos bem servidos nas laterais, já que Mário Sérgio, na esquerda, vem dando conta do recado.

Finalizo minha coluna exaltando a nação avaiana que deu um verdadeiro espetáculo nas arquibancadas. Por motivo de viagem a trabalho, não puder estar presente, mas assisti, num restaurante de beira de estrada, em Bom Retiro, na Serra Catarinense, a nação dando show no Salão de Festas! Urra, 🦁

Foto: Frederico Tadeu/Avaí F.C

Renan Schlickmann

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Renan Schlickmann


Renan Schlickmann é jornalista, ex-produtor, repórter e apresentador da Rádio Guarujá, ex-repórter da Rádio Regional e SCC SBT. Torcedor avaiano, irá trazer notícias, comentários, entrevistas e muita interação com a nação avaiana.

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Uma resposta para “Renan Schlickmann: Como se diz na gíria: “Clássico não se joga, se vence””

  1. Marcelo Nascimento disse:

    Salve Renan! Cedo demais pra pedir a troca do treinador. Solução simplista e frágil, na medida que não certeza nenhuma de que o próximo resolveria. Prática pouco eficaz, típica do futebol brasileiro. Concordo com as deficiências de TODOS os zagueiros, erro de montagem de elenco, mas podemos, com ajustes de cobertura já realizado no clássico, ir ajustando. Opino que acerta a diretoria em manter o treinador. Abrc✌️

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