A história se repete. O técnico Barroca mais uma vez destrói o que construiu. Depois de uma primeira etapa de um ótimo futebol, time bem compactado em campo, e com o trio de ataque inspirado, o Avaí caminhava para uma vitória tranquila. Mas falar de tranquilidade quando se refere a Avaí Futebol Clube, ah, meu amigo, é complicado. Principalmente quando um técnico não consegue fazer o seu time se defender.

O bendito intervalo de jogo “matou” a equipe novamente. Se no 1º tempo o Leão foi o senhor do jogo, na etapa final o Joinville comandou as ações e mereceu o empate. O Avaí não fez por merecer. Isso porque a equipe abdicou de jogar. Foram poucos contra-ataques criados. A defesa que vinha bem postada, começou a dar espaços. Quando o “Mister” começou as mudanças na equipe, foi tudo por água abaixo. Barroca tirou sua válvula de escape, no caso, o trio de ataque que vinha dando trabalho para defesa adversária. Não podemos também deixar de responsabilizar o senhor Poveda pelo gol perdido cara a cara que poderia ter liquidado a partida. Andrey e João Paulo que também entraram, foram displicentes, preguiçosos. Para completar as escolhas do treinador, Modesto, acabou entregando a bola para o gol de empate do JEC. Para ajudar, Judson também foi abaixo quando entrou.

São histórias que se repetem desde a sua primeira passagem pelo Avaí. Falo do técnico Barroca. O time não consegue ter uma consistência nos 90 minutos. E a desculpa é sempre a mesma. Desta vez, falou do calorão que os atletas sentiram. Pois é cara pálida, os jogadores do Joinville são ET’s, não sentem? Outro ponto que ele abordou é que as correções serão feitas para que na fase final do campeonato os erros não sejam repetidos. Querido Barroca, passaram-se 6 rodadas, enfrentamos, com todo o respeito, muitas equipes semiamadoras, e tomamos gols em todas elas. Se estamos sofrendo tantos gols (12 gols em 6 jogos) com times de nível muito abaixo, imagine quando enfrentarmos clubes da Série B? A justificativa é sempre a mesma e nada muda!

Rendimento de alguns atletas

Se o Igor Bohn foi o destaque do Avaí na temporada passada, não pode-se dizer o mesmo em 2024. Já foram algumas falhas nessas seis primeiras rodadas. Não estou dizendo que precisa mudar, mas é preciso fazer uma avaliação e cobrança.

Ainda falando do sistema defensivo, é preciso ressaltar que, apesar do empate, o zagueiro Roberto, bastante contestado ano passado, fez uma boa partida no quesito marcação. Quem sabe possa estar surgindo uma dupla: Jonathan Costa e Roberto. Ressaltando que precisamos e muito contratar um ou dois novos jogadores para a posição. Douglas Bacelar que tem contrato até o fim do Estadual, pra mim, não renova.

Outro jogador que precisa buscar um equilíbrio é Ronaldo Henrique. Acho um atleta importante, agrega muito na meia cancha, mas tem muitos erros infantis que podem comprometer. Sobre William Maranhão no jogo de ontem, muito discreto.

De positivo, é preciso ressaltar o poder ofensivo do Leão nesta temporada. O melhor ataque da competição, formado por Hygor, Garcez e Pedrinho, vem fazendo a diferença. Sem esquecer de Giovanni. Enquanto ele aguenta fisicamente, ajuda e muito na criação das jogadas.

Notas

Igor Bohn: 4,5

Kevin: 5,0

Roberto: 6,0

Douglas Bacelar: 5,0

Mário Sérgio: 6,0

Ronaldo Henrique: 5,5

William Maranhão: 5,5

Giovanni: 7,0

Garcez: 6,5

Pedrinho: 8,0

Hygor: 7,5

Entraram:

Poveda: 4,0

Andrey: 4,0

João Paulo: 4,0

Modesto: 3,5

Judson: 4,0

Foto: André Palma Ribeiro / Avaí F.C.