Renan Schlickmann: Avaí 2022: da esperança ao desespero

17.10.2022

Renan Schlickmann: Avaí 2022: da esperança ao desespero

O ano de 2022 que tinha tudo para ser inesquecível para o torcedor avaiano, está terminando de forma melancólica. Tudo começou em janeiro com a derrota para o maior rival dentro da Ressacada na final da Recopa Catarinense. Um campeonato estadual desastroso, sendo quase rebaixado para a segunda divisão de Santa Catarina. A precoce eliminação na 2ª fase da Copa do Brasil para o “poderoso” Ceilândia-DF, mais uma vez, dentro da Ressacada.

Começa o Brasileirão e a esperança de novos ares. De fato, o início do campeonato reacendeu a esperança do torcedor avaiano, com boas partidas diante dos maiores clubes do país. Um trabalho razoável do técnico Eduardo Barroca, mostrando que o Avaí não precisava ser o “patinho feio” na elite do futebol brasileiro. Com a empolgação das primeiras rodadas da Série A, o torcedor comprou a ideia se associando ao clube. Recorde de sócios!

Temos que reconhecer o esforço que a diretoria fez para quitar todos os atrasados da temporada passada, fora outros “esqueletos” enterrados no sul da ilha. Diversas ações foram realizadas para aproximar novamente o clube do seu torcedor. Pontos para a aquisição de KK DePaula, que vem realizando um belo trabalho no relacionamento com o maior patrimônio do clube.

Mas o futebol é feito de resultados. Não adianta! Sem resultados todo o projeto vai por água abaixo. Sabe quantas vitórias o Avaí fez em 48 partidas, em 2022? 10 vitórias! Acreditem: apenas 10 vitórias! Após a saída do diretor executivo de futebol, William Thomas, que foi para o Internacional, muitas coisas começaram a perder o rumo. Chegou Jorge Macedo. Fez um trabalho OK na saída de alguns atletas, porém, as contratações que vieram foram desastrosas. Não tem dinheiro? Que faça mais com menos! Contrataram diversos jogadores de clubes que brigavam contra o rebaixamento na Série B. Casos de Pablo Dyego, do Vila Nova-GO e Wellington Nascimento, do CSA. Sem citar outros atletas. Além disso, perdemos uma pérola da nossa base: Arthur Chaves, que foi para o futebol português. Aliás, graças ao Arthur, que, por incrível que pareça chegou a ser contestado por parte do torcedor, deve salvar o ano financeiro do clube, pelo menos, no pagamento de salários dos atletas, comissão técnica e colaboradores.

Fazendo uma reflexão do elenco avaiano em 2022, é um time envelhecido para jogar uma competição que necessita de muita força e intensidade. A base do time tem jogadores com mais 30 anos: Vladmir, Rafael Vaz, Cortez, Bruno Silva, Muriqui, entre outros. O DNA Avaiano que a atual diretoria vendeu na campanha, no final do ano passado, não existe. Claro que isso requer tempo, mas as contratações e as características dos atletas não condizem com o que foi prometido.

É momento da diretoria mostrar a cara, reconhecer os erros, admitir a queda, e pensar em 2023. Ano em que o clube completa 100 anos. Seja na Série A, seja na Série B, estamos falando de um clube grandioso de Santa Catarina. É hora de acordar e começar a planejar o ano novo que está por vir.

Foto: Fabiano Rateke/ Avaí F.C.

Renan Schlickmann

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Renan Schlickmann


Renan Schlickmann é jornalista, ex-produtor, repórter e apresentador da Rádio Guarujá, ex-repórter da Rádio Regional e SCC SBT. Torcedor avaiano, irá trazer notícias, comentários, entrevistas e muita interação com a nação avaiana.

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Uma resposta para “Renan Schlickmann: Avaí 2022: da esperança ao desespero”

  1. Salvador disse:

    Não há velocidade, qdo veio o Muriqui então pensei ué qdo esteve aqui antes em Outra época logo levaram e agora está retornando por que? Se não interessa mais aos outros interessa ao Avai? Alguma coisa está errada.
    Outros tbém estão na mesma situação..

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