Parece que a teimosia e o orgulho prevalecem nos corredores da Ressacada. O técnico Eduardo Barroca já mostrou que não tem condições de seguir no comando do Avaí. Os números desde a sua primeira passagem são preocupantes: 72 jogos, 21 vitórias, 25 empates e 26 derrotas. 74 gols pró e 91 gols sofridos. Um aproveitamento de 40,7%. Pergunto? Aonde vamos chegar com isso?

E não é só pelos números. O rendimento também assusta. Barroca já comprovou, por onde passou, que não consegue ter um trabalho constante, principalmente quando se refere ao sistema defensivo. A insistência no modelo de jogo, a insistência em manter alguns jogadores de sua confiança, a sua leitura de jogo, estão fazendo o Leão da Ilha afundar em resultados negativos. Até quando?

As coletivas de Barroca são repetitivas! Sempre! O Avaí já disputou 9 jogos no Estadual. O discurso é sempre o mesmo: “estamos no começo de um trabalho”. Começo de um trabalho? Faltam dois jogos para terminar a primeira fase do Catarinense. Segundo Barroca, faltam “pequenos ajustes” visando a fase final do campeonato. Pequenos ajustes? O Avaí sofreu 17 gols em 9 jogos. Repito: o Avaí sofreu 17 gols em 9 jogos. Estamos falando do Campeonato Catarinense, uma competição com um nível muito abaixo. Imaginem esse time disputado a Série B com esse sistema defensivo totalmente espaçado, bagunçado? Não estou exagerando. Os números e o rendimento mostram isso. A facilidade que os times tem de finalizar no gol avaiano é assustador. Lembrando que temos a pior defesa entre os 60 clubes que disputam as Séries A, B e C, uma média de 1,88 gols sofridos por partida.

Mas falo tanto em Eduardo Barroca, que esqueço de mencionar o seu xará, Eduardo Freeland. O responsável pelo futebol é um excelente orador. Mas não vejo essa excelência quando ele analisa o trabalho de Barroca. Segundo o profissional, o trabalho da comissão técnica está sendo muito bem feito (percebemos, percebemos). Sabemos da boa relação que ambos têm desde os tempos de Botafogo e Bahia Mas essa boa relação precisa ser separado. Como dizia o saudoso Miguel Livramento: “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa completamente diferente”. O Avaí é muito maior do que todos, não esqueçam disso. Com o elenco que temos éramos para estar colado no líder Criciúma.

É isso meus amigos, o Avaí segue o caminho de jogar mais um Estadual no lixo. Corre o risco do time decidir o segundo jogo da fase final fora de casa por pura insistência na permanência do “Mister” Barroca.

Foto capa: Frederico Tadeu/Avaí F.C

Por

Renan Schlickmann

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Renan Schlickmann é jornalista, ex-produtor, repórter e apresentador da Rádio Guarujá, ex-repórter da Rádio Regional e SCC SBT. Torcedor avaiano, irá trazer notícias, comentários, entrevistas e muita interação com a nação avaiana.

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