Apesar da fragilidade do Brasil, primeiro rebaixado para a série C, a previsão era de um jogo difícil em Pelotas. O adversário jogaria de sangue doce, sem o peso da obrigação de vitória, o que pouco adiantaria a esta altura do campeonato. Quando Bruno foi expulso, por volta dos 30 minutos do primeiro tempo, aumentaram as previsões de uma jornada complicada no estádio Bento Freitas, levando em conta, também, o moral em baixa depois das derrotas para Confiança e Operário, e mais a aproximação dos adversários diretos na luta pelo acesso.

Pois o Avaí contrariou todas estas expectativas e, não só venceu, como foi superior ao Brasil durante os 98 minutos de duração do jogo. Até ficar com um a menos o time do Claudinei, com o demonizado Jadson em campo, já dominava completamente o adversário.

As alterações promovidas pelo treinador ajudaram na manutenção do panorama do primeiro tempo e contribuíram para a vitória por 1 a 0 com o gol do Copete, jogador que virou remédio para todos os males do time. No segundo tempo a intensidade avaiana não diminuiu, e os três pontos conquistados em Pelotas valeram pelos seis perdidos nas duas derrotas anteriores.

Faltando o complemento da rodada, quem está fora do G-4 não entra, quem está dentro não sai. O Avaí permanecerá em terceiro, atrás de Coritiba e Botafogo sendo que nas próximas duas rodadas pode melhorar sua classificação se fizer o dever de casa, em casa, contra Vitoria e CSA.

Um pé dentro, mas…

Para quem joga a semifinal da Copa Santa Catarina por dois resultados iguais, a vitória por 1 a 0 sobre o Marcílio em Itajaí deu ao Figueirense uma vantagem inesperada e difícil de ser revertida. O favoritismo era do Marcílio, por jogar em casa, animado por sua torcida, e enfrentando um adversário esfacelado por lesões e cartões. O favoritismo marcilista acabou transferido para o jogo do Orlando Scarpelli, deixando o Figueirense com um pé na final. Mas, como alertou o técnico Jorginho, e ele sabe o que diz, é preciso cuidado para evitar a repetição das quartas de final do Estadual de 2020, quando, depois de vencer o Juventus em Jaraguá, o Figueira levou constrangedora goleada de 4 a 1 no jogo de volta em casa.

Foto: Patrick Floriani – Figueirense