Mário Medaglia: Os jogos da “sofrência

08.11.2021

Mário Medaglia: Os jogos da “sofrência

Já imaginaram um jogador do Figueirense desfilando pelo gramado segurando uma cartolina com o desenho de um caixão de defunto com as cores avaianas depois de uma vitória no clássico? Ou vice-versa, com um jogador do Avaí fazendo a mesma provocação? Foi a razão para a briga que se viu no fim do Grenal no Beira Rio, resultado da zoada do meia colorado Patrick na vitória do Inter. Atitude inadmissível para um profissional da bola, especialmente em um cenário onde o passionalismo é mais exacerbado nas grandes rivalidades como a que existe em Florianópolis.

É o tal momento de saber perder, mas também saber ganhar, respeitando a “sofrência” do adversário. Por sinal, o clima por aqui é propício para cutucadas prvocativas. O Avaí, aos trancos e barrancos, luta pelo acesso à série A. Mesmo desperdiçando uma oportunidade atrás da outra, o time do contraditório e inseguro Claudinei ainda é um dos sérios candidatos a subir de divisão. Nesta segunda à noite terá o CSA pela frente, adversário mais forte do que o Vitória, para quem perdeu os últimos dois pontos. O Avaí segue ameaçado por dois alagoanos, o adversário desta noite, e o CRB, junto com Goiás e Guarani. Faltando apenas quatro rodadas não há mais espaço para vacilar como aconteceu diante do Confiança, Operário e, por último, do Vitória.

Do lado de lá, ou de cá, como queiram, depois do empate em zero no jogo de volta com o Marcílio Dias, o Figueirense conseguiu chegar à final da Copa Santa Catarina. Calou o rugido de gozação que começou a ecoar na Ressacada e ficou próximo da vaga para a Copa do Brasil de 2022. Vai decidir o título com o Juventus, que aprontou no estádio Anibal Costa, em Tubarão, derrotando o Hercílio Luz por 2 a 1. Olho vivo para o Figueirense, que no passado sofreu com a travessura do moleque de Jaraguá do Sul, eliminado do Estadual na goleada por 4 a 1 em pleno Scarpelli. Para quem não lembra, o autor da molecagem na época foi Jorginho, hoje o técnico alvinegro.

Quem diria, o Criciúma teve que sair de casa, onde não ganhou de ninguém, para acabar com a “sofrência” do seu torcedor. Garantiu o acesso à série B derrotando o Paysandu por 1 a 0 na distante Belém. O Tigre jogou com um olho no padre e outro na missa que estava sendo rezada em Itu, onde o Botafogo PB perdeu a vaga na derrota de 3 a 1 para o Ituano. O Criciúma ficou um ponto (9 a 8) à frente dos paraibanos no quadrangular decisivo.

Fotos: Patrick Floriani/FFC e André Palma Ribeiro/AFC

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