Mário Medaglia: Clássico é Clássico

27.10.2021

Mário Medaglia: Clássico é Clássico

Percebi, nestes dias que antecederam ao Clássico pela Copa Santa Catarina, um certo desinteresse avaiano pelo confronto. Na Ressacada o objetivo manter o foco na série B, o que não está errado, uma vez que a classificação para a Copa do Brasil do ano que vem foi garantida com o título estadual. O raciocínio ganha reforço porque a “secação” contra adversários diretos está dando certo, aumentando as chances do acesso. Na abertura da rodada os empates em Goiânia e Maceió não mexeram com a parte de cima da tabela, mantendo a posição avaiana no G-4.

Ainda que as atenções estejam voltadas para a fase decisiva do Brasileiro, não acho que Figueirense x Avaí tenha que ir para o fim da fila. Pela idade – quase centenário, merece ficha de prioritário -. Marquinhos Santos, voz e lei no clube, sacramentou a ideia de enfrentar o maior rival com uma formação sub-20. O time principal viajou para enfrentar o Operário e o técnico Claudinei abominou a ideia de mudar seu planejamento.

Vou na contramão de tudo o que se disse esta semana sobre a importância deste jogo para o Avaí. Tradição, camisa e respeito ao adversário e à torcida, merecem um pouco mais de atenção. Quem sabe jogar com uma equipe mesclada fosse a solução. Talvez isso até aconteça no momento em que o apito do Ramon Abatti Abel der início à partida, com a escalação de algum jogador que tenha ficado em Florianópolis.

A escala de um árbitro mais experiente sinaliza a importância que a Federação está dando ao jogo, ao contrário do Avaí. O resultado – até um empate serve – interessa apenas ao Figueirense. O título desta Copa ameniza o sofrimento alvinegro neste ano a reforça o calendário de 2022. No entanto, a maior rivalidade do futebol catarinense entrará em campo, a derrota será aceita como “normal”, mas um placar desastroso não ficará bem, marcará negativamente a estatística leonina. Jorge Jesus, quando no Flamengo, ensinou que todas as competições são importantes e devem ser encaradas como decisivas. Nada de poupar jogadores. Mesmo que no Avaí a onipresença dos titulares fosse impossível, Clássico é Clássico.

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