Mário Medaglia: Avaí sob nova direção

06.12.2021

Mário Medaglia: Avaí sob nova direção

Alguém ficou surpreso com o resultado da eleição no Avaí? Acho que não, nem mesmo os solidários a Francsco Batistotti, satisfeitos com os resultados de campo alcançados pelo clube em 2021. Título estadual e o acesso à série “A” deveriam alavancar e garantir o sucesso de qualquer candidatura, ainda mais quando se trata da reeleição do presidente que somou prestígio estadual e nacional à possibilidade de um cargo na direção da CBF.

Não é pouco, mas foi insuficiente para garantir a Batistotti outro mandato. O discurso oposicionista corrente antes do pleito bateu numa tecla que desafinou a credibilidade da gestão, a da falda de transparência. Junte-se a ela, reprovação das contas pelo Conselho e o atraso dos salários da Comissão Técnica e elenco.

Há outras questões menores – ou maiores, dependendo do ponto de vista -, que por falta de provas ficaram no pantanoso terreno da fofoca e do disse-me-disse. Ao final, Júlio Heerdt foi eleito novo presidente avaiano com 50,65% dos votos de 1.230 sócios, parecendo pouco para um colégio eleitoral também não muito grande, estimado em 3.500 torcedores aptos a votar.

De qualquer forma, os números conclusivos desta campanha disputada com lisura por três chapas, sinalizam para o forte sentimento do torcedor, aquele que pretende respirar novos ares, não olha apenas para os resultados do campo, e que por isso optou por nova direção no Avaí. A nova temporada vem cheia de desafios, a começar pela questão financeira envolvendo contas a pagar e a formação de um lastro que sustente sem sustos a estrutura que a Ressacada precisa para enfrentar 2022, o ano pré centenário (1º setembro/1923).

A reforma do elenco, a manutenção ou não do polêmico treinador e a organização/modernização do departamento de futebol, com a contratação de um profissional – promessa do presidente Júlio -, são as urgências e consequências propostas para o clube que conquistou vaga na elite do futebol brasileiro.

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