Mário Medaglia: Apito e botões, o xis da questão

25.10.2021

Mário Medaglia: Apito e botões, o xis da questão

O Brasileirão virou um muro de lamentações por causa das arbitragens. Não quero entrar no mérito, todo mundo se acha com razão de reclamar. Os jogos estão ficando chatos, por isso fiquei muito seletivo. Soube dos principais resultados só depois de ver na Netflix “O W da questão”, uma paródia polonesa dos filmes policiais. Ando sem paciência para aturar as confusões de sempre envolvendo VAR, arbitragens e as desculpas da cartolagem. Alguns seriam casos de polícia. Paródia por paródia troco as do futebol pelas do cinema.

Meu interesse resume-se a algumas competições europeias – raríssimas polêmicas com arbitragem e onde está a seleção brasileira – aos jogos dos representantes catarinenses em três séries do Brasileirão e à curiosidade pelo desfecho da Copa Santa Catarina. É o último cavalo encilhado passando para o Figueirense montar, engordar o calendário de 2022, e galopar num torneio rentável como a Copa do Brasil.

A última vítima do árbitro de vídeo, no caso o experiente, mas não infalível, Péricles Pasold, foi o Brusque, na derrota para o Vila Nova por 3 a 2. O segundo gol do time goiano foi marcado de pênalti, lance confuso, ignorado pelo árbitro de campo, mas “corrigido” pela visão do VAR como toque no braço de um defensor brusquense. Para Sandro Meira Ricci da Sortv, não houve pênalti.

Toda rodada tem problema, independente da série, um perigo para o campeonato que se aproxima do fim e os jogos decisivos ficam à mercê de arbitragens inseguras ou nada confiáveis. E o motivo é um só: a utilização de critérios diferentes na aplicação da regra, no campo e na cabine. O VAR é o ingrediente principal nesse pacote de lamúrias. O imenso arrazoado levado pelos clubes à Coordenação de Arbitragem da CBF, a cargo do Leonardo Gaciba, fica sem respostas concretas. Repetem-se as escalas malfeitas e os erros perfeitamente evitáveis

Os danos são irreversíveis, as reclamações, admissíveis ou não, ficam no limite do protocolar encaminhamento ao setor competente da CBF e das lamentações à beira do gramado. Mas os sinais de alerta estão aí para serem levados muito a sério. O descontentamento é geral, resultado das escalas ruins e repetidas, e do desentrosamento entre quem apita e quem aperta botões.

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