Mário Medaglia: Alô torcida de Floripa, aquele abraço

01.09.2021

Mário Medaglia: Alô torcida de Floripa, aquele abraço

O Figueirense vive o ano do centenário, o Avaí faz festa pelos 98 anos de existência. São datas importantíssimas, perfeitas para grandes comemorações. Não importa que os dois clubes estejam passando por momentos de instabilidade, dentro e fora dos gramados. São números significativos, servem para aliviar o sofrimento e trazer um pouco de alegria a avaianos e alvinegros.

Não se pode empurrar para baixo do tapete a história de duas agremiações vencedoras, com tradição, camisa e reconhecimento nacional. É oportuno atualmente lembrar dos feitos e dos jogadores que fazem parte de uma galeria que o torcedor acostumou a admirar. Seria injusto destacar um ou outro entre os que encantaram as arquibancadas. São dezenas, cada um foi destaque em passado distante ou mais próximo, como Marquinhos pelo lado avaiano e Fernandes entre os alvinegros – é difícil acostumar que o Figueira hoje é tricolor -. Para ficar apenas nestes emblemáticos exemplos, por coincidência dois camisas dez que uniram técnica à paixão por seus clubes.

Ainda não se tem pistas sobre o futuro. O negócio futebol trouxe dureza, contestações e endividamento ao presente, com o Avaí lutando pelo acesso à elite do futebol brasileiro, e o Figueirense batalhando para pelo menos evitar outro rebaixamento –. A volta à série B está difícil, mas é uma possibilidade. As duas torcidas vivem em estado de alerta
Por tudo isso é o momento perfeito para encurtar a distância entre elas e os clubes, distância que antes da pandemia já era grande, e que aumentou com as arquibancadas vazias de gente e de bandeiras. Chega de portões fechados, de mistérios que escondem a Ressacada, o Scarpelli e os centros de treinamentos daquele que é a razão da existência de Figueirense e Avaí.

Chamem esse povo de volta com administrações transparentes, com clareza nas ações. Parem com essa bobagem de treinamentos fechados, de esconder relações dos que viajam para os compromissos fora de Florianópolis. Abram ao menos uma vez por semana os treinos, para que o torcedor tenha um mínimo de convivência com os jogadores. Os técnicos, membros da Comissão Técnica e assessores não são os donos do clube, são funcionários. Os verdadeiros proprietários são mantidos longe do dia a dia. Enfim, tenham empatia, parem com segredos, aproveitem os festejos para dar um alô aos que hoje pagam pra ver seus times apenas pela televisão.

Foto: Bruno Oliveira / PMF

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