Mário Medaglia: A festa acabou, mas a luz não apagou

02.12.2021

Mário Medaglia: A festa acabou, mas a luz não apagou

O acesso do Avaí à série A foi bastante comemorado pelos jogadores e pela torcida, indiferentes à eleição deste sábado que pode mudar radicalmente a gestão do clube. Ou deixar tudo como está, se Francisco Batistotti conseguir a reeleição. Tenho minhas dúvidas porque ouvi e li boas propostas de uma das chapas concorrentes, com experiência administrativa e de campo. Tenho a impressão de que a parada vai ser dura para o atual presidente, mesmo com o cacife do título estadual e da subida de patamar.

Em se tratando de festa o Figueirense conseguiu a sua no apagar das luzes do ano do centenário. Ganhou a Copa Santa Catarina, uma vaga na Copa do Brasil e, de lambuja, arrumou um confronto com o Avaí no começo da próxima temporada. Mas, para quem atravessou 2021 tendo que superar as enormes dificuldades, herança de quem quase empenhou o Orlando Scarpelli para pagar as contas – e não pagou -, o bom foi mesmo comemorar a conquista. Ainda que pequena e não tenha salvado o ano por completo, o título de uma pequena competição regional representou ótimo estímulo para o enfrentamento de 2022.

Cada um na sua medida, os desafios para a dupla da Capital não permitem equívocos de qualquer tamanho. O planejamento da Ressacada impõe um salto qualitativo nos gabinetes e no gramado. Há resquícios da gestão Batistotti que não podem atrapalhar a caminhada do Avaí na elite do Brasileirão. Seja quem for o presidente no próximo ano, ele deve atender três prioridades: a questão dos salários atrasados, a montagem do elenco e a escolha de um novo treinador ou a manutenção do Claudinei. Cá do meu cantinho penso na necessidade de novos comandos. O sarrafo subiu muito, agora pequenos tropeços podem se transformar em grandes decepções.

Pelos lados do Scarpelli em matéria de dificuldades e desafios, a distância está apenas no alfabeto. A série C é tão desafiadora quanto a A, a começar pelo planejamento, que inclui convivência com dívidas impagáveis e judicializadas, pairando como uma nuvem ameaçadora prenunciando tempestade. Depois de um mês do anúncio, – implico com esse tipo de procedimento – finalmente o novo treinador foi apresentado. O clube anuncia como grande novidade e “vocês da imprensa” fazem caras e bocas de surpresa. A experiência de participação na terceira divisão pode valer muito para o Figueirense e para o Júnior Rocha, novo técnico, com o auxílio do Abel Ribeiro. A montagem do elenco é a prioridade das prioridades. A torcida alvinegra aguarda ansiosa por novidades alvissareiras.

O fato é que as festas acabaram, estão no passado. Para Figueirense e Avaí é presente e futuro, com a tarefa imposta de aproveitar a luz que continua iluminando os caminhos de sucesso a serem trilhados na próxima temporada. E que não tragam decepções para seus esperançosos torcedores.

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