Henrique Santos: Riquelme eleito presidente do Boca Jrs. E se a moda pega em Avaí e Figueirense?

18.12.2023

Henrique Santos: Riquelme eleito presidente do Boca Jrs. E se a moda pega em Avaí e Figueirense?

Marquinhos e Fernandes seriam nomes mais lembrados para presidir os times de Florianópolis

Na noite deste domingo, o ex-camisa 10 e um dos maiores ídolos da história do Boca Juniors, o craque dos anos 2000, Juan Roman Riquelme, foi eleito presidente do tradicional clube argentino. Mais de 45 mil torcedores votaram no pleito que escolheu o ídolo xeneize para mandato até o fim de 2027.

Riquelme venceu títulos argentinos, mundiais e de Libertadores pelo Boca Juniors. Nos últimos anos, ocupou a função de vice de futebol e agora será o mandatário de um dos mais tradicionais times do mundo e atual vice-campeão da Libertadores.

Tal exemplo já começa a ser visto no Brasil: Pedrinho assumiu a presidência do Vasco e o ex-goleiro Emerson chegou ao cargo principal no Bahia. Ambos terão atuações limitadas, haja vista que são os donos das SAFs quem ditam as normas no Rio de Janeiro e em Salvador.

Algo parecido acontece em Florianópolis, mais precisamente no Figueirense. A SAF ainda não foi vendida, mas sabe-se que o comando é da Clave e de quem por ela foi alçado a CEO e Executivo de futebol, casos de Enrico Ambrogini e Marco Aurélio Cunha, respectivamente. No Avaí, por outro lado, o regime ainda é presidencial e quem manda é o mandatário da associação, o presidente Júlio Herdt.

Mas e se Avaí e Figueirense seguissem o mesmo caminho de Vasco, Bahia e Boca Juniors, quem seriam os principais nomes para ocupar o cargo maior nos clubes de Florianópolis? Neste primeiro momento, dois nomes surgem na cabeça do torcedor: Marquinhos e Fernandes. Ambos ocuparam (ou ainda ocupam) cargos nos times em que foram ídolos em campo. No entanto, sem sucesso.

Marquinhos foi gerente, auxiliar-técnico, treinador interino, entre outras funções ligadas ao futebol. Até o momento não teve êxito e ainda acumula o desgaste pelas recentes más temporadas do Avaí. Por sua idolatria e o respeito da torcida, passou pela gestão Batisttotti e é um dos únicos funcionários a permanecer no atual mandato de Júlio Herdt. Já Fernandes atuou como gerente de futebol após a saída da Elephant e também fez e faz as vezes de garoto propaganda em ações de marketing. Oficialmente, Fernandes não tem mais relação profissional com o dia a dia do alvinegro.

Não sei se ambos dariam certo como dirigentes na Capital. Prefiro, no entanto, lembrá-los como ídolos em campo ao ter que criticá-los por ações fora dele. No Brasil, em que o resultado fala mais alto do que uma gestão correta, fica difícil enxergar quem fez história jogando, repetindo o sucesso como dirigente. Talvez Emerson (Bahia), Pedrinho (Vasco) e até Riquelme (Boca Juniors) consigam mudar essa minha percepção, mas, caso tenham êxito, serão exceções.

Foto: MeuFigueira

Henrique Santos

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Henrique Santos


Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.

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