Foto: Figueirense FC

Após a derrota para o Inter, em Lages, na terça-feira, o técnico Paulo Baier assumiu ter errado em suas modificações que puseram o time pra trás diante de um adversário com jogador a menos. O alvinegro vencia por 1 x 0, acabou sofrendo a virada, perdendo a liderança e a invencibilidade na Copa SC.

Foi o segundo tropeço consecutivo diante de adversários vindos da Série B do estadual (antes empatou em casa por 3×3 contra o Nação, time que na rodada seguinte tomou 6 do Marcílio Dias). Dois resultados abaixo e um futebol péssimo para quem ainda “reforçou” o elenco do campeonato brasileiro.

Tudo muito ruim dentro de campo, mas como cobrar desempenho se os salários estão atrasados há meses e a “solução” levantada consiste em pedir empréstimo bancário, tendo dirigente como avalista? Este mesmo dirigente vai chamar a atenção do técnico Paulo Baier e dos atletas, exigindo uma postura melhor? Caberá ao gerente de futebol, que outro dia disse que só ficaria no clube em 2024 se tivesse autonomia, ter voz ativa para cobrar uma reação e mostrar a importância do título?

E os dirigentes da Associação e SAF, mais preocupados com o extracampo, seguem mudos. Concordo com a estratégia de manter silêncio para não prejudicar a recuperação judicial, a venda da SAF, a negociação do ginásio, etc, porém não dá para fingir que o futebol está somente nas mãos do treinador e jogadores. Digo e repito, somente com sucesso em campo, o Figueirense terá êxito fora dele. Sem resultado, sem interesse da torcida, sem patrocinador, sem sócios, sem mídia, sem investidores, sem relação com o mercado.

É pouco, mas o título da Copa SC é o primeiro passo para dias melhores no Scarpelli!

Por

Henrique Santos

---

Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.

Fale com o colunista