09.06.2023
Vitória sobre o Ypiranga aconteceu com portões fechados, prejudicando toda a cadeia econômica da região
Na quinta-feira, feriado de Corpus Christi, o Figueirense venceu o Ypiranga por 2 a 0 num Scarpelli vazio. O Alvinegro perdeu o mando de campo por confusões provocadas pela torcida do Paysandu na reta final da Série C do ano passado, mas o punido não foi somente o clube. O torcedor, o ambulante, os bares, lojas de conveniência da região, todos foram afetados direta e indiretamente pela atitude da justiça desportiva.
Não tenho conhecimento, nem capacidade para avaliar a “letra fria da lei”, responsável pelo jogo de portões fechados, porém, cito outros clubes, em casos parecidos, com punições bem mais brandas e até inclusivas. Athlético-PR, Coritiba e Sport, por exemplo, jogaram apenas para mulheres, crianças e PCD’s; já, o Figueirense, entrou em campo para ninguém.
Por que tanta diferença?
Faltou empatia aos julgadores, pois é sabido que há toda uma cadeia de serviços que sobrevive do jogo de futebol. Ambulantes, bares, lojas de conveniência, todos perdem com estádio vazio. Recentemente, publiquei aqui e outros espaços um estudo acerca da cadeia econômica e financeira do futebol no Brasil e em Florianópolis.
Além disso, os clubes enfrentam problemas financeiros, estão na série C, sem perspectivas e os auditores dão mais uma punição que mata o futebol e ainda impede o clube, neste caso, o Figueirense, de arrecadar um pouco de dinheiro (se não com bilheteria, mas com venda na loja oficial, nos bares do estádio, etc).
Enfim, o Figueirense venceu em campo, mas, fora dele, todos perdemos!
Por
Henrique Santos
Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.
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infelizmente é assim a Lei não é igual para todos.
Acho uma tremenda safadeza o que a justiça desportiva fez com o Figueirense. Acerca do ocorrido entendo que, foi penalizado o inocente. No jogo ocorrido no Estádio Orlando Scarpelli a torcida do adversário entrou no Estádio como um cidadão qualquer sem deixar transparecer que iriam cometer atos de selvageria, e no transcorrer do jogo se transformam e começam a quebrar tudo
que encontravam pela frente, sendo assim entendo nao ter segurança que possa evitar tal acontecimento. Seguranças do Figueirense não poderiam adivinhar que uma meia dúzia torcedores fossem repentinamente se transformar e quebrar tudo e a justiça incumbida pelo julgamento não teve discernimento de enxergar essa situação. Uma grande safadeza.