17.05.2023
17 de maio é celebrado o Dia Internacional Contra a LGBTfobia
Nesta quarta-feira, 17 de maio, é celebrado o Dia Internacional Contra a LGBTfobia. E o futebol ainda é um espaço bem difícil de superar o preconceito enraizado na nossa sociedade. São cânticos, xingamentos, ofensas contra pretos, gays, entre outros grupos marginalizados. Até mesmo a exclusão dessas pessoas do ambiente do futebol amplia o tabu. Afinal, quantos jogadores são assumidamente homossexuais? Poucos, pouquíssimos!
Por outro lado, o torcedor (geralmente aquele homem heterossexual que extrapola seus sentimentos contidos numa arquibancada ou em frente à tv) segue gritando “bicha” a cada tiro de meta batido pelo goleiro adversário, chamando o juiz de “veado”, entre tantas outras ofensas que até tempos atrás eram normalizadas no ambiente do futebol. Um ambiente pouco inclusivo, pouco convidativo a mulheres, crianças e também aos homossexuais. Se, felizmente, o perfil do torcedor parece estar mudando, até pela melhoria nas condições das praças esportivas, ele ainda é hostil a quem frequenta um estádio.
Nos últimos anos, muitos atletas assumiram sua sexualidade em diversos esportes (vôlei, futebol feminino, basquete, natação, etc), mas poucos no futebol masculino. O tabu estar longe de ser quebrado é uma derrota da nossa sociedade, porém é preciso ampliar o debate e, inclusive, punir aqueles que não conseguem conviver/aceitar as pessoas independente de cor, raça, credo, orientação sexual, etc.
Sei que o assunto é difícil e bem amplo tanto quanto importante. Hoje, 17 de maio, é mais um dia para lembrar daqueles que sofrem preconceito e buscar formas de incluir todos no ambiente esportivo. Até por isso, indico a série Ted Lasso (episódios 6 e 9 da 3ª temporada) que aborda, sutilmente, o homossexualismo no futebol (dentro e fora de campo).
Se uma cena de dois homens ou duas mulheres de mãos dadas ou demonstrando afeto/carinho te choca, o errado é você!
Por
Henrique Santos
Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.
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