A polêmica da vez no futebol da Grande Florianópolis é a chegada do atacante Júnior Dutra ao Figueirense. Ex-Avaí, o jogador tem pouco tempo para mostrar seu futebol no alvinegro. Em princípio, serão três partidas na Série C e a Copa SC, haja vista que seu contrato vai até novembro/2023.

Júnior teve duas passagens pelo Avaí. Na primeira, marcou gols e foi importante; já, na segunda vez, pouco desempenhou em campo. Após isso, perambulou pelo futebol e não tem empolgado torcedores de times os quais atuou, sendo o último deles, o Londrina. No entanto, a chegada do atacante ao Figueirense, embora sem ser um camisa 9, é para “substituir” Bruno General (machucado).

Se o futebol recente não é dos mais valiosos, o que fizera no passado, especialmente no Avaí, empolga o torcedor alvinegro. Não a toa, Júnior Dutra ganhou os holofotes e há grande expectativa para sua estreia já no próximo domingo diante do São José-RS.

O atacante vai engordar uma lista de nomes que vestiram as duas camisas. De um lado, um sentimento de alegria, empolgação; do outro, de traição. Embora seja algo cada vez mais comum, o torcedor ainda vive a sensação de que deu ou levou um “chapéu” do rival. Júnior Dutra é só mais um de tantos.

Lembro de cabeça, nos últimos anos, de alguns casos que deixaram um clube e depois vestiram a camisa do outro. Talvez, o mais emblemático tenha sido o caso do atacante Dão. Ídolo, artilheiro avaiano no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, ele trocou o Avaí pelo Figueirense, onde não teve o mesmo sucesso e logo se lesionou gravemente. Dão saiu logo da Ressacada para o Scarpelli, sem escalas. Um dos poucos casos, mas a lista é bem longa se levarmos em conta apenas atuação pelos dois clubes num intervalo de tempo.

O próprio ídolo maior avaiano, Marquinhos Santos, começou sua carreira na base do Figueirense. Outros tantos casos, nos últimos anos (nem falo das décadas de 70, 80 e 90), envolvem nomes como Dão, Gilson Batata, Marcelinho, Marcio Goiano, Genilson, Albeneir, Sandro Ventura, Pablo, Paulo Sérgio, Rafael Costa, Ricardo Bueno.

Confira o levantamento de 2000 pra cá (enviado por um amigo). Abaixo, o nome do jogador, posição e ano em que atuou no Avaí.

Carlinhos – AT – 2000
Alexandre Pavão – G – 2000
Rafael Cadorin – LE – 2002
Toto – V – 2002
Adriano Raio – A – 2002
Gilson Batata – A – 2002
Marcelinho – M – 2003
Narcizio – A – 2003
Marquinhos Paraná – M – 2004
Genilson – A – 2005
Pedro Paulo – Z – 2005
Leo mineiro – V – 2005
Márcio Goiano – Z – 2006
Roberto – A – 2009
Marcinho Guerreiro – V – 2011
Rafael Coelho – A – 2011
Fred – Z – 2012
Diego Jardel – V – 2013
João Felipe – Z – 2014
Tinga – V – 2014
Paulo Sérgio – A – 2014
Heber – A – 2014
William Rocha – Z – 2015
Pablo – LD – 2015
Claudinei – V – 2015
Rudinei – V – 2015
João Paulo – LE – 2016
Vinicius Pacheco – M – 2016
Leandro Silva – LD – 2017
Marquinhos – Z – 2018
Gustavo Ferrareis – M – 2020
João Lucas – LE – 2021
Jean Martim – V – 2021
Gustavo Poffo – A – 2021
Matheus Lucas – A – 2021
Diego Renan – LD – 2021
Matheus Ribeiro – LD – 2021
William Potker – A – 2022
Giva – V – 2023
Ricardo Bueno – A – 2023

Por

Henrique Santos

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Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.

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