Na tarde deste sábado, Figueirense e Brusque empataram por 0 a 0 no estádio das Nações em Balneário Camboriú. O destaque (negativo) não ficou por conta do jogo, mas sim pelo estado do gramado. Quando liguei a TV na NSC, fiquei assustado com o palco da partida. Podia descrevê-lo com diversos adjetivos pejorativos, prefiro, no entanto, lamentar.

Inacreditável como a Federação Catarinense de Futebol permite a disputa de uma partida profissional num campo daqueles. Além de prejudicar o espetáculo, colocava em risco a integridade dos atletas. Felizmente, ninguém se lesionou naquele piso encharcado, irregular e impraticável para quem deseja trocar dois passes e/ou conduzir a bola.

Sobre a atuação do Figueirense, deve-se elogiar o treinador João Burse. Dessa vez, o comandante soube ler as nuances da partida. Embora no 4-3-3, o alvinegro entrou com dois volantes de marcação e força (Gledson e Léo Baiano), trocou o lateral-esquerdo e apostou novamente no meia Cesinha. Deu certo, especialmente no 2º tempo.

O resultado não veio, porém a atuação do time mostrou a possibilidade de uma evolução em campo. A conferir no próximo desafio, quinta-feira (20h), no Scarpelli diante do Concórdia. Num gramado digno, será possível apresentar melhor futebol como o demonstrado na segunda etapa deste sábado.

Por fim, a Federação Catarinense de Futebol contribui fortemente para o enfraquecimento do futebol catarinense. Produto cada vez mais desvalorizado.

Foto: Lucas Gabriel Cardoso/Brusque FC

Por

Henrique Santos

---

Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.

Fale com o colunista