Novamente, o time do Figueirense fez uma má partida longe do Scarpelli e acabou derrotado para o Paysandu, neste domingo, por 1 a 0. Com mais um tropeço fora de casa, deixa a disputa aberta faltando duas rodadas para o término do quadrangular decisivo da série C. E mais, o próximo confronto é diante do Vitória, em Salvador, estando o rival atrás do alvinegro por apenas um ponto.

No entanto, derrotas e vitórias fazem parte do esporte. O que não dá para admitir é a violência antes e depois do jogo em Belém.

Na saída do estádio, o ônibus do Figueirense foi apedrejado. Antes de a bola rolar, confusão envolvendo torcidas organizadas do Paysandu, Remo e do próprio Figueirense. Ainda houve, durante a semana, a restrição de torcedores do alvinegro no estádio e, na hora do jogo, colocaram tapumes que impediam a visualização do que acontecia em campo.

Falha das autoridades, Polícia, clube mandante, etc. O pior, no entanto, é que não se trata de algo isolado no futebol brasileiro e sul-americano. Ainda em 2022, ônibus com jogadores de Bahia, Corinthians, entre outros times, foram apedrejados. Houve emboscadas, invasão de CT, discussão em aeroporto, entre outras atitudes criminosas de gente que se diz apaixonada por um time de futebol.

E nada acontece. Ninguém é punido de verdade enquanto os bons pagam pelos ruins.

Enquanto a selvageria for regra na nossa sociedade, afastar-se é a principal solução, pois como sair de casa para ver o futebol se você pode não voltar ou ser vítima de uma agressão?

Perdemos todos a cada ato violento. Normalizar ou romantizar tantos casos é a derrota de quem milita no esporte e acredita numa sociedade melhor.