Ainda nem encerramos 2023, mas dentro de três semanas começa o Campeonato Catarinense. A estreia do Figueirense ocorre no dia 20 de janeiro diante do Criciúma no Heriberto Hulse. Logo de cara, o alvinegro enfrenta o principal candidato ao título estadual. Caso confirme o favoritismo, o Tigre será bi-campeão, o que é bem possível haja vista estar na Série A, com elenco e comissão técnica mantidos, além da grande cota por figurar na elite nacional.

Os demais candidatos são Avaí, Brusque e Chapecoense, todos times de Série B. Em seguida, na minha opinião, vem o Hercílio Luz pelo seu projeto sólido mesmo mexendo na comissão técnica e no departamento de futebol.

E o Figueirense?

O alvinegro vive novos dias e, segundo as palavras dos próprios dirigentes, precisará evoluir bastante (dentro e fora de campo) para voltar a ser uma força em âmbito estadual e nacional. De acordo com o homem forte do futebol, Marco Aurélio Cunha, o projeto é a médio prazo, com o acesso para a Série B em dois ou três anos. Lógico que estamos falando de um esporte imprevisível, porém é praticamente impossível que o Figueirense vença o Catarinense. Aliás, se for pra escolher um foco, que seja a Série C. Lá sim, no 2º semestre, devem estar os esforços da diretoria, parceiros e do treinador (caso chegue até lá) João Burse.

Além do projeto de reconstrução, outro fator que pesa contra o Figueirense nesse estadual é que os principais adversários precisam formar seus elencos o quanto antes. A primeira janela de transferências fecha em março e só reabre em julho, logo, Criciúma, Avaí, Brusque e Chapecoense irão contratar ainda nesse começo de ano seus jogadores para o 1º do Campeonato Brasileiro. Os reforços rivais estão sendo anunciados dia após dia, muitos deles de qualidade reconhecida, já os nossos estão bem abaixo (jovens desconhecidos e ou gente que não deixou saudades em seus ex-clubes).

Na teoria, o Figueirense lutará por uma vaga entre os oito classificados, algo que não conseguiu (em campo) nos anos de 2022 e 2023. Vejamos na prática, lembrando que em temporadas anteriores o Camboriú (sem série) e o Brusque (na C) chegaram em finais. Talvez isso se repita com o alvinegro, mas, se for para escolher um alvo, que seja o acesso no Campeonato Brasileiro.

Por

Henrique Santos

---

Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.

Fale com o colunista