Henrique Santos: Figueirense carece do retorno do sal grosso

12.10.2022

Henrique Santos: Figueirense carece do retorno do sal grosso

Prática era comum nos anos 90 e 2000 nos vestiários

Após o desastre com a não classificação para a Série B, o Figueirense voltou sua atenção para a Copa Santa Catarina com a obrigação de conquistar o bi-campeonato para jogar a Copa do Brasil em 2023 e, assim, arrecadar cerca de R$ 600 mil pela participação. Por si só, o título seria um prêmio de consolação, mas o torcedor não esperava tamanhas dificuldades em campo.

As atuações fracas, até pela falta de motivação e a recente derrota na Série C, ganharam tom de desespero com diversas perdas no time. Wilson (situação indefinida na carreira) foi o primeiro e principal desfalque. Em seguida, os dois principais nomes do time sofreram graves lesões. Andrew e Léo Arthur estão fora até o fim do ano. Ainda na reta final do Campeonato Brasileiro, o meia Rodrigo Bassani já havia deixado o time com problemas musculares.

Numa tacada só foram quatro problemas para o técnico Júnior Rocha, cada vez mais pressionado, lidar. E o pior, as atuações fracas e os resultados aquém do esperado minam ainda mais sua confiança e o trabalho que parecia cair nas graças do torcedor. A continuidade, como adiantou o repórter Matheus Deichmann, é improvável.

Como jornalista e torcedor, recordo-me do fim dos anos 90 e início dos 2000 quando o Figueirense tinha em seu quadro funcional um personagem folclórico e muito supersticioso: o massagista Ceará. Antes de jogos importantes ou até nas fases ruins, ele jogava sal grosso no vestiário e casamata do alvinegro. Geralmente dava certo. Coincidência ou não, foi na época do Ceará os melhores momentos da história do alvinegro (títulos estaduais, Série A, vice da Copa do Brasil, etc). Isso era comum em vários times do país, sendo que um dos mais famosos por essas práticas alternativas era o ex-massagista do Vasco, Pai Santana.

Em tempos de ódio, cólera e intolerância, não sei como seria esse “trabalho” envolvendo religiões de matrizes africanas, mas não custa nada reconhecer sua importância e até buscar o “Sobrenatural” para que as coisas caminhem melhor dentro de campo.

Henrique Santos

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Henrique Santos


Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.

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Uma resposta para “Henrique Santos: Figueirense carece do retorno do sal grosso”

  1. Figueirense disse:

    verdade, muito icônico

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