O ano era 1999 e o Figueirense, num novo momento, trouxe a Portuguesa para um amistoso que seria de entrega de faixas pelo Campeonato Catarinense daquele ano. O time paulista havia sido vice-campeão brasileiro em 96 e era comandado por Zagallo. Recém-saído da seleção, o velho lobo esteve no Scarpelli como a grande atração daquela noite.

O placar terminou 5 x 0 para o Figueirense, mas foi o de menos, haja vista que naquela época era comum alguns clubes grandes realizarem amistosos no Brasil e exterior sem levarem as pelejas muito a sério. Ainda havia um hiato entre o fim dos estaduais e o início do certamente nacional, o que proporcionava rodar pelo país e fora dele para disputas em que o principal era a promoção da marca do clube.

Pois Zagallo, aos 92 anos, nos deixou na madrugada desta sábado. Debilitado pela saúde, o velho lobo carregou consigo o grande amor pela “Amarelinha”. Talvez ninguém tenha sido mais apaixonado, mais “Pacheco” do que ele. Zagallo foi bi-campeão mundial como jogador (58 e 62) e bi-campeão como técnico e auxiliar (70 e 94), ainda foi vice em 98 e esteve em outras copas do mundo, copas américas, eliminatórias, olimpíadas, além de ter dirigido e jogado por diversos times do Brasil e do mundo.

Zagallo veio ao Scarpelli em 1999, numa época em que o Figueirense ainda estava na Série C. Não me recordo que tenha voltado dirigindo algum clube, mas sua imagem ficará para sempre guardada na história como um dos grandes, talvez o maior, nome a ter pisado no gramado alvinegro.

Foto: Divulgação/FigueirenseFC

Por

Henrique Santos

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Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.

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