Assim como acontecera no ano passado, o Figueirense perdeu o Clássico para o Avaí. Dessa vez foi no Scarpelli e por um placar mínimo (2×1). A nova derrota, no entanto, deixa lições importantes que precisam ser corrigidas durante a temporada e uma certeza: a coisa do Figueirense nos últimos anos é sua torcida!

Foram quase 16 mil pessoas no estádio que viram um jogo equilibrado, disputado e decidido em falhas alvinegras. A expulsão do lateral-esquerdo Tito, de forma infantil, além das falhas nos dois gols do sistema defensivo e principalmente do goleiro Thiago Gonçalves deram a vitória ao rival, haja vista o pouco poderio ofensivo do time do Figueirense.

Por fim, de um lado venceu um time cujo elenco é qualificado e numeroso; do outro, perdeu quem hoje precisa estar no limite e disputa uma jogada como se fosse final de copa do mundo e tem só um jogador desequilibrando, o ponta Alisson.

No mais, é preciso dizer:

1. O elenco do Figueirense é curto e sem peças de reposição, especialmente no ataque. Pato, Alisson e Nicholas não têm ninguém que possa suprir suas ausências;
2. O Figueirense precisa estar no limite para disputar diante dos rivais de divisões superiores. Com um jogador a menos por 45 minutos, fica quase impossível suportar a pressão adversária ou correr atrás do resultado;
3. Ofensivamente, o técnico João Burse só pode contar com a transpiração de Guilherme Pato e a inspiração de Alisson. Defensivamente, tem Genilson em boa fase e Thiago Gonçalves vivendo da defesa feita no ano passado na Série C;
4. A torcida do Figueirense sofre, o sócio é mal-tratado, tem gente que apanha da polícia, mesmo assim, o alvinegro compareceu em grande número ao Scarpelli. Foram quase 16 mil pessoas, sendo cerca de 2 mil avaianos.
5. Se o objetivo for permanecer na Série C, a diretoria precisa reforçar a equipe especialmente no meio-campo e ataque. Será preciso contratar em qualidade e também em quantidade. O elenco é curto e limitado.

Por

Henrique Santos

---

Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.

Fale com o colunista