De um lado de um time de Série A, entrosado e fortalecido; do outro, um integrante da Série C (pelo quarto ano seguido) e em reformulação dentro, mas principalmente fora de campo. O placar, 4×1, poderia ser ainda maior caso não fosse a grande atuação do goleiro Thiago Gonçalves. Foi assim algumas vezes nos anos 2000 quando o Figueirense estava na elite e os rivais lá atrás.

Agora o cenário inverteu e o alvinegro é coadjuvante no cenário do futebol catarinense. Sua tradição, seus títulos, história centenária, torcida fanática, nada disso entra em campo. O placar foi elástico (segunda goleada sofrida em dois jogos em 2024), mas não surpreende haja vista o momento de cada clube, o investimento e a divisão Campeonato Brasileiro.

Infelizmente, o torcedor alvinegro precisará de ainda mais paciência. Ele, que lotou o Scarpelli (especialmente em 2022), fez o pix, antecipou mensalidades e acreditou em vários discursos, terá a dura tarefa de ver seus rivais a frente no certamente local, além de comprar o discurso do novo “todo poderoso” Marco Aurélio Cunha de que serão dois ou três anos para voltar à Série B. Enquanto isso, resultados como o deste sábado (derrota por 4×1) serão comuns, embora tristes para o outrora maior time (dentro e fora de campo) de Santa Catarina.

Já escrevi aqui que o êxito do novo projeto do Figueirense passa pelos resultados. Digo, agora, que o objetivo inicial é se classificar entre os oito do Catarinense e entre os oito da Série C. Após isso, tudo o que vier será lucro e também surpreendente. É triste, eu sei, mas é a nova realidade do clube.

Foto: Léo Piva/Mix Mídia

Por

Henrique Santos

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Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.

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