Renan Schlickmann: Opinião pós-coletiva do presidente do Avaí, Júlio Heerdt

07.11.2024

Renan Schlickmann: Opinião pós-coletiva do presidente do Avaí, Júlio Heerdt

Teria sido muito mais bonito e honroso da parte do presidente Júlio Heerdt, quando assumiu o Avaí há 3 anos, que o foco da atual gestão seria voltado para reorganizar as finanças do clube, consequentemente, deixando o futebol em segundo plano. Mas não, ele “vendeu” nas suas primeiras manifestações pós-eleito, que o foco seria manter o Avaí por pelo menos 4 anos na Série A. Mera ilusão. E não estou falando que tínhamos a obrigação de ficar na elite do futebol brasileiro por todos esses anos. Sabemos da nossa realidade. Mas que pelo menos pudessem montar elencos a altura da grandeza do nosso clube. Não preciso repetir o fracasso que foi o futebol do Leão nesses 3 últimos anos. Não disputamos nenhuma final, seja no Estadual, seja na poderosa Copa SC. Minto, fizemos uma final contra o coirmão na poderosa Recopa Catarinense, e o que aconteceu? Perdemos em casa para o nosso maior rival. A atual gestão é sinonimo de derrota dentro das quatro linhas. Perdemos o respeito até por clubes de menor expressão, como é o caso do Brusque, onde somos uma verdadeira “mãe” para eles.

Acho que administrativamente o Avaí evoluiu, muitas coisas internas eram necessárias serem ajustadas. Porém, para quem bate no peito afirmando que tem responsabilidade econômica financeira, não pode rasgar dinheiro no quesito futebol. O ano de 2024 foi a temporada mais “cara” na história do Avaí Futebol Clube. E o que aconteceu? Fracasso! Se não fosse o dinheiro da Liga Forte Futebol, estávamos fritos! E não venham dizer que os clubes da parte de cima da tabela tem elencos muito mais caros do que o nosso! Ou vão dizer que Operário e Amazonas tem a folha salarial maior do que a nossa?

Como o presidente Júlio diz que se preocupa com a parte financeira do clube, se deixa nas mãos de Eduardo Freeland, um cheque em branco para montar um grupo caro e sem resultados. E o pior, contratos de arrepiar qualquer um. Que responsabilidade é essa de fazer contrato de 2 anos com Natanael, com 33 anos de idade e que não entregou esportivamente nada para o Avaí? Que responsabilidade é essa de fazer contrato de 2 anos com João Paulo, com 34 anos de idade e que era reserva do CRB na temporada passada? Melhor parar por aqui, né? Porque exemplo é que não falta. Isso chama-se responsabilidade econômica financeira que o presidente Júlio fala? Foram 8 treinadores e 4 diretores de futebol em 3 anos. Isso chama-se responsabilidade econômica financeira?

O presidente Júlio na coletiva vem falar que parte do Conselho Deliberativo está fazendo política pensando na eleição? 167 jogos, 50 vitórias, 48 empates e 69 derrotas, 39% de aproveitamento. A política que o presidente Júlio fala são esses números acima! É disso que estamos falando. Estamos cansados!

Minha última pitada. Vou torcer muito, mas muito que o presidente esteja certo e tenhamos êxito nas mãos de Freeland. Porque, assim como aconteceu com Barroca que caiu na segunda rodada da Série B após a teimosia da diretoria em mantê-lo após o fracasso no Estadual, vai ser dois toques a demissão de Freeland em caso de mais um fracasso no poderoso Campeonato Catarinense. O tempo dirá…

Foto: Avaí F.C/Divulgação

Renan Schlickmann

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Renan Schlickmann


Renan Schlickmann é jornalista, ex-produtor, repórter e apresentador da Rádio Guarujá, ex-repórter da Rádio Regional e SCC SBT. Torcedor avaiano, irá trazer notícias, comentários, entrevistas e muita interação com a nação avaiana.

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Uma resposta para “Renan Schlickmann: Opinião pós-coletiva do presidente do Avaí, Júlio Heerdt”

  1. Azulão disse:

    Corroboro a maioria dos comentários. Porém em um ponto contesto: não melhoramos nem na parte administrativa (nem um pouco), e digo a razão. Mesmo com toda a tecnologia que nos cerca e aumenta todos os dias, ir à ressacada não está me dando os prazeres de outrora. Filas demasiadas na entrada em qualquer jogo com público médio. Os banheiros sempre lotados. Os bares com péssimo atendimento, vendendo ficha para produtos indisponíveis e de qualidade duvidosa (jogaram todos para uma empresa só, que faz o que quer). O Sr Julio me passa a impressão de estar forçando a barra para criação de uma SAF.
    Escrevam o que eu digo pra conferir depois: está criando problemas para vender a solução depois. Isso já aconteceu com os arrogantes da praia do cagão, e podemos ver a ruína em que estão.

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