09.07.2024
O torcedor presente na Ressacada na noite de segunda-feira foi um verdadeiro herói. A “friaca” e o vento “suli” que bateu no sul da ilha ontem esfriou literalmente o time em campo. Aliás, arrisco dizer que foi uma das piores partidas (se não a pior) do Avaí no ano. Um show de horrores. Mas o que me preocupa, na verdade, não é apenas a derrota diante do Novorizontino, o que me preocupa é a queda eminente da equipe do técnico Gilmar Dal Pozzo nas últimas rodadas. Derrotas, oscilações numa Série B tão dura e longa, vai acontecer, a preocupação é outra.
Um dos principais méritos da era Dal Pozzo foi a organização do time, principalmente no meio-campo. E justamente esse setor que vem destoando nas últimas rodadas. Desde que João Paulo assumiu a titularidade com a lesão do Pedro Castro, perdemos o comando na meia cancha (mesmo nessa série invicta). Não estou jogando a responsabilidade no JP, mas ele não tem condições de ser titular do Avaí. Na verdade ninguém foi bem no jogo de ontem. A boa marcação do Novorizontino com a falta de criação e alternativas no meio, já que não houve sequer uma triangulação durante os 90 minutos, mostraram um Avaí pobre. Aliás, fazendo uma leitura dos últimos quatros jogos, o Leão anotou apenas dois gols.
Resumindo: o Avaí quando está com a bola não sabe o que fazer com ela. Ou é ligação direta ou é bola recuada.
Pensando nas próximas rodadas, o Avaí precisa voltar a preencher a meia cancha. Com João Paulo suspenso, Dal Pozzo poderá formar um meio com mais pegada. Caso Zé Ricardo retorne, meu meio-campo seria de Zé Ricardo, Judson (Maranhão), Pedro Castro e Giovanni.
Nas demais posições, apesar da péssima partida, por exemplo, do Tiago Pagnussat, não mexeria. Provavelmente teremos novidades contra o Vila, já que Vagner Love, Cassiano e Gustavo Talles ficam à disposição, pelo menos no BID, já que a janela de transferências abre nesta quarta-feira (10).
Todos sabem que Giovanni é o nosso melhor jogador tecnicamente. É inegável. Mas sabemos também (ninguém é cego), que ele está acima do peso. E não tem jeito, um atleta profissional disputando uma Série B que necessita de intensidade e correria, não pode estar do jeito que o camisa 8 azurra está. É preciso rever essa situação. Não é de hoje. A resposta do Giovanni foi simplesmente bater boca com o torcedor que foi heroicamente na Ressacada enfrentar aquela “friaca”. Ele nos ajuda e pode nos ajudar ainda mais, só que ele precisa reconhecer que precisa perder alguns quilinhos.
Foto: Frederico Tadeu / Avaí F.C.
Por
Renan Schlickmann
Renan Schlickmann é jornalista, ex-produtor, repórter e apresentador da Rádio Guarujá, ex-repórter da Rádio Regional e SCC SBT. Torcedor avaiano, irá trazer notícias, comentários, entrevistas e muita interação com a nação avaiana.
Ao publicar um comentário, você concorda automaticamente com nossa política de privavidade e nossa política de cookies
Deixe um comentário