Apesar de mais uma vez sair sem os 3 pontos, o Avaí fez um bom jogo diante do bom time do Mirassol. A qualidade na definição mais uma vez deixou a desejar, principalmente atuando fora de casa (foi assim contra o Vila Nova). Mas o recorte de 7 jogos sem vitória é o que preocupa neste momento, já que o G-4 começa a ficar distante.

A primeira etapa foi morna, com os dois times pouco criativos. O Avaí, apesar de errar bastante passe no início de jogo, esteve organizado no seu sistema defensivo, tanto que o Mirassol teve praticamente só o pênalti como chance de gol. A chance de gol com a bola rolando no 1º tempo foi do Leão, nos pés de Natanael, após belo passe de Vagner Love. De resto, o time da casa teve mais posse de bola, mas pouco agrediu, e o Avaí não aproveitou os espaços criados no contra ataque.

Já na etapa final, vimos um Avaí mais agressivo, criando inúmeras oportunidades de matar o jogo: nos pés de Natanael (2x), e Pedro Castro (2x), num lindo chute que pegou na trave e outro no belo passe de Garcez, mas a bola acabou indo para fora. Já o adversário teve maior posse de bola, porém ciscou, ciscou, mas o goleiro César pouco trabalhou na partida.

A escalação inicial assustou com a entrada de Natanael atuando na ponta. De fato fui crítico, mas preciso reconhecer que a alternativa de Gilmar Dal Pozzo “deu certo”. Só não deu 100% certo porque as chances criadas, justamente nos pés de Natanael, não foram convertidas em gol. O lado positivo é que o treinador azurra achou mais um modelo de jogo para atuar nesta Série B tão longa e difícil.

Avaí fora e dentro de casa

Das 5 derrotas do Avaí nesta Série B, 3 foram na Ressacada (Santos, Novorizontino e Ceará) e 2 foram fora de casa (Operário e Vila Nova). Isso mostra um fator muito importante. Geralmente os adversários que atuam na Ressacada, jogam fechado, esperando o Avaí propor o jogo. E aí pra mim está o nosso problema: Dal Pozzo não conseguiu acertar um time propositivo, que dita o ritmo de jogo. Os números mostram isso, o Avaí pouco finaliza dentro de casa. Já fora dos seus domínios, o Leão consegue mostrar um bom futebol, criando inúmeras oportunidades, já que o adversário propõe o jogo, cedendo automaticamente espaço para o Avaí criar. O problema é que nos últimos jogos não estamos sendo efetivos, e olha que tivemos diversas chances ( jogos do Vila Nova e Mirassol que o digam).

Cabe agora ao técnico Gilmar Dal Pozzo buscar essas alternativas, principalmente atuando na Ressacada, de ter um Avaí propositivo, sabendo quebrar a marcação do adversário que joga fechado. Mas cabe também aos jogadores terem uma autocrítica do seus rendimentos. Mário Sérgio, Maranhão, Giovanni, Jean Lucas, Garcez, são exemplos disso. Cabe também a direção de futebol buscar reforços, principalmente na meia cancha.

Foto: Jackson Lima / Avaí F.C.

Por

Renan Schlickmann

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Renan Schlickmann é jornalista, ex-produtor, repórter e apresentador da Rádio Guarujá, ex-repórter da Rádio Regional e SCC SBT. Torcedor avaiano, irá trazer notícias, comentários, entrevistas e muita interação com a nação avaiana.

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