De que adianta ter tempo para treinar durante dez dias, ter um time melhor que o adversário, se os jogadores e o treinador não tiram proveito destas condições favoráveis? Foi o que o Avaí fez em Belém, na derrota de 2 a 1 para o Remo, numa incrível sequência de erros e participação atrapalhada da equipe de arbitragem.

O primeiro gol do time paraense foi mal anulado pelo auxiliar, em lance fácil corrigido pelo VAR, que viu a posição legal do atacante Victor Andrade. No empate avaiano o árbitro de vídeo foi quem marcou o pênalti duvidoso, cobrado bisonhamente pelo Edilson. O goleiro defendeu parcialmente, mas a bola pegou efeito e entrou. Depois veio o gol contra do Alemão, com a colaboração do Gledson, que saiu mal na bola pelo alto. Mais um gancho para Vladimir virar titular.

Na sequência de trapalhadas, Edilson foi expulso quando chutou na direção do banco do Remo uma segunda bola jogada no campo pelo gandula, num lance que o árbitro deveria apurar melhor. Bruno Silva, já com cartão amarelo, também merecia expulsão ao dar um empurrão no confuso árbitro paranaense José Mendonça da Silva. No lance decisivo Copete chutou por cima do travessão a chance do empate com o gol vazio.

Claudinei seguiu com sua rotina ilógica ao escalar mal o Avaí, ao não corrigir problemas visíveis no primeiro tempo e ao errar como sempre nas substituições. Insiste com Getúlio, um artilheiro bissexto, e com Renato, inexplicavelmente um dos preferidos do treinador. Aos 42 minutos outra surpresa, com a intempestiva entrada de Valdívia e Diego Renan. Queria um milagre em tão pouco tempo?

Coisas do treinador que contribui para o Avaí deixar pontos preciosos pelo caminho. Consequência, também, do desequilíbrio emocional de alguns jogadores experientes. Falta uma voz forte no vestiário. Tantos desacertos viram um pesadelo para a torcida e um tormento a cada jogo de um time que, não se sabe até quando, poderá continuar sonhando com o acesso à Série A.

Foto: Samara Miranda / Clube do Remo

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