23.01.2025
Depois de três tropeços, alvinegro precisa pontuar no Clássico
Passados três jogos, em 2025, sem conseguir nenhuma vitória e com a defesa mais vazada do Campeonato Catarinense, o trabalho do técnico Thiago Carvalho começa a ser questionado no Figueirense. Torcida e imprensa reclamam das alterações diante do Hercílio Luz (1×1), da escalação inicial contra o Criciúma (2×3), ambos tropeços no Scarpelli. Além disso, há a insistência em jogadores como Iury, Samuel, Rodrigo e, principalmente, no atacante Marlyson.
Thiago Carvalho possui como característica o jogo construído desde lá atrás. Certamente é algo que leva tempo, mas o futebol brasileiro, vítima de resultados, o dará? Sábado tem Clássico diante do Avaí e, mais um tropeço, pode custar caro para o comandante. Se permanecer no clube, mudará suas convicções? Pela entrevista coletiva de ontem, pós-jogo, não o fará.
Dito isto, conversei com alguns torcedores a respeito do modelo Thiago Carvalho de jogo. Uns insatisfeitos com o esquema 4-2-4, com a insistência em jogadores que pouco rendem em detrimento a outros como Camilo, Leonam, Nicholas, etc; já outros pedindo tempo para a melhor compreensão do trabalho de pouco mais de um mês no Scarpelli.
Sobre os pessimistas, é mais fácil procurar suas opiniões nas redes sociais. Já entre os otimistas (não me incluo por enquanto), há opiniões como a de dois amigos a quem deixarei no anonimato.
” Faz muito tempo que não temos uma perspectiva. Um projeto de jogo. O time para executar isso não é o dos sonhos, é o que temos. E ele é bem melhor, na média, do que os dos últimos anos. Seria ótimo ter mais ‘Joãos Lucas’, claro, mas será viável financeiramente? Então, a torcida deveria entender isso e dar um tempo pro professor conseguir, com muito treino, repetição, conseguir uma aplicação tática tal que compense as deficiências e aconteça o encaixe do time. Fora isso, é aventura, mais do mesmo, aquela doideira de contratar em “grosa”, como se dizia antigamente. Quase que um aposta na sorte de aparecer, no meio de 100, mais algum João Lucas”.
“Uma boa surpresa seria a direção de futebol, com apoio da Clave, tentar buscar aqueles reforços cirúrgicos. Mas, sabemos, os caras não estão aqui pelo time, terão que enxergar um possível retorno nesse investimento“
Em tempo, outro amigo completa…
“O Thiago tá arriscando e criando uma estrutura de jogo apoiada, com muita movimentação e troca de posições, saída de bola no pé, marcação forte nas laterais e etc. tudo isso requer bastante tempo pros jogadores entender e executar, não é rápido, não é fácil. Eu acho o correto. A partir do momento que o time conseguir marcar em bloco, compactar, aprimorar essas tabelinhas que a gente começa a ver, a defesa vai se ajustar automaticamente. Só que tem um período doloroso pela frente, é assim mesmo se a gente quiser ter, finalmente, um formato de jogo sustentável.”
Ouvi os torcedores na rádio no final do jogo e acho meio covarde correr pro bumba-meu-boi que a gente viu nos últimos anos quando enfrenta a primeira dificuldade. É fácil fechar um ferrolho lá atrás e dar bicuda pro pontinha rápido que não consegue chutar no gol. É difícil fazer um time com a nossa ‘qualidade’ trocar mais de 250 passes por jogos depois de anos”.
Dito isto, bora pro Clássico!
Foto: Patrick Floriani/FFC
Por
Henrique Santos
Jornalista, administrador, especialista em gestão do esporte, blogueiro, assessor de imprensa. Apaixonado por futebol e carnaval. Como editor do jornal Alvinegro e do site MeuFigueira, blogueiro da ESPN FC, comentarista do podcast Clássico em Debate, busquei, desde 2009, carregar essa paixão pelo Figueirense com a razão que um jornalista precisa ter.
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