Os últimos dias foram terríveis para o Figueirense. Dentro de campo, o alvinegro é o último colocado da Série C com três derrotas seguidas, sendo a mais recente na segunda-feira para o Caxias no Scarpelli. Fora dele, teve demissões de treinador, gerente de futebol e CEO da SAF, além de funcionários.

Também houve entrevistas de Enrico Ambrogini e mais recentemente de Wilson, ambas com declarações preocupantes e que colocam em xeque toda e qualquer expectativa de dias melhores no alvinegro.

Não suficiente, o mandatário da SAF, Paulo Prisco Paraíso, sequer compareceu à reunião do Conselho Deliberativo marcada para ouvir explicações sobre a situação administrativa, bem como de respostas às falas do ex-CEO sobre temas como agência de viagens, patrocínio, influência de José Carlos Lages, entre outros esclarecimentos importantes. Coube ao presidente da Associação, Tadeu Cruz, ler uma mensagem do ausente dirigente.

Estas foram esmiuçadas pelo repórter do Grupo VEG Esportes, José Henrique Koltermann, em apuração jornalística, já que o clube se mantém, e se manterá, calado.

Para piorar, ainda há o fato do treinador Pintado não ter sido inscrito no BID da CBF, impossibilitando sua aparição no banco de reservas diante do Caxias, bem como na entrevista coletiva pós-jogo.

São tantas notícias ruins que o torcedor não sabe onde está o maior problema: dentro ou fora de campo. Lanterna da Série C, sem rumo na parte administrativa, o caminho parece ser o rebaixamento à quarta divisão nacional. E agora parece que nem o apoio do torcedor (mais de 6 mil pessoas na segunda-feira contra o Caxia, 8 mil sócios etc) será suficiente para evitar tragédia maior.

Por isso, como cito no título desse texto, o Figueirense precisa de união entre todos os envolvidos (SAF, Associação, parceiros, jogadores, imprensa, torcida) para sair do buraco onde está metido faz anos. De um lado, é urgente transparência (até hoje nenhum dirigente esclareceu ou desmentiu as falas de Ambrogini e Wilson, exceto pela leitura de uma carta pelo presidente da Associação aos conselheiros na última terça-feira); de outro, cabe à imprensa cobrar cada vez mais a presença de dirigentes na mídia; e, por fim, que treinador e jogadores honrem a camisa do clube, entrando em campo com maior atenção e justificando o apoio do torcedor, bem como os salários em dia.