O Avaí anunciou a renovação de contrato com Claudinei Oliveira, deixando uma certa decepção pra muitos dos seus torcedores: esperavam um fato novo a três semanas do início da temporada, depois de uma Série B onde o time viu as portas da Série A escancaradas, mas não teve competência para subir a escada pra chegar lá. Isso doeu e demora pra sarar.

Estou tentando entender essa renovação pelo lado prático: pelo que entendi da entrevista de Marco Aurélio Cunha ao programa Marcou no Esporte da última segunda, houve uma negociação para uma adequação salarial no período do estadual e uma outra situação para o Brasileiro. Além do mais, são menos de 20 dias para o início do Estadual, logo depois tem jogo importante da Copa do Brasil, o plantel não teve debandada e o clube pensa em manter uma situação de continuidade pra não perder tempo. Seguindo essa linha, a solução é bem prudente.

Por outro lado, cheguei a pensar que, por ser Marco Aurélio o novo homem forte do futebol do clube, haveria uma busca por um nome que até poderia surpreender dentro da sua grande rede de contatos. Nessa balança, prevaleceu a solução mais cômoda.

Claudinei terá, no estadual, uma oportunidade para passar por cima dos incrédulos depois de uma temporada que assumiu um barco pegando fogo. Todos nós concordamos que a temporada 2020 do Avaí foi turbulenta, com contratações polêmicas (muitas que não renderam) , escolhas erradas de técnico e muita paulada pra cima do presidente e do comando do futebol.

A chegada de Marco Aurélio foi feita não só para ter a experiência do dirigente em si, mas pra dar uma apaziguada nos ânimos. Se a coisa realmente não funcionar durante o início da temporada 2021, aí conversamos lá pra frente.

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Por

Rodrigo Santos

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Jornalista esportivo desde 1998. Escreve para o Blog do Rodrigo, apresentador da TV Brusque, narrador da 89 FM de Joinville, colunista do jornal "O Município".

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