Mário Medaglia: Arbitragens & VAR, cada vez pior

18.10.2021

Mário Medaglia: Arbitragens & VAR, cada vez pior

Não vou entrar no mérito sobre a derrota do Avaí por 3 a 1 para o Confiança, quem jogou mal, quem foram os melhores, se o Claudinei errou de novo, ou coisa que o valha. Sei, de certeza, quem foi o pior, ou as piores, no caso, a árbitra Edina Batista e suas companheiras Neuza Ines Back e Leila Moreira da Cruz (FIFAs). Assisti a um daqueles jogos que fazem a gente perder o gosto pelo nosso esporte, de desesperançar quanto a um futuro melhor para o futebol brasileiro. Todo mundo errou, e muito, em Sergipe, árbitra, auxiliares e a turma do VAR, liderada pela paulista Daiane Muniz dos Santos. Até a comentarista de arbitragem da Sportv, Fernanda Colombo, nos brindou com verdadeiras sandices.

Em Chapecó também houve muita reclamação. A Chapecoense chegou a fazer 2 a 1 sobre o Fortaleza, mas o árbitro Zandick Alves Júnor e o árbitro de vídeo, Paulo Pablo Gonçalves Pinheiro, se uniram para fazer uma das maiores lambanças deste Brasileirão. Anularam o gol da Chape, marcado em contra-ataque e decidiram por um pênalti em lance anterior para o Fortaleza. Coisas da regra, alegam sempre.

Sobre Aracaju pensei: hoje teremos uma boa arbitragem, a Edna garante. Me enganei feio, ela errou demais, em marcação de faltas, aceitou jogadas violentas, reclamações – algumas justificáveis – e foi submissa inúmeras vezes às intervenções do VAR. Caso mais gritante foi o do primeiro pênalti, quando ela, na frente do lance, não viu irregularidade, mas chamada pela arbitra de vídeo mudou sua interpretação. As auxiliares se omitiram em lances decisivos, como se estivessem ali só para marcar lateral e escanteio.

Foi um fim de semana desastroso para as arbitragens e para o VAR, com a rotineira colaboração de jogadores mal educados, treinadores idem, dirigentes mal comportados, árbitros sem critério, inseguros e/ou acomodados pela tecnologia. As federações contribuem com tribunais esportivos lenientes. Fico com os exemplos dos times catarinenses, mas há queixas para todos os gostos, por todo o país. Não sei qual é a do coordenador da arbitragem, Leonardo Gaciba, que nada faz. Ou melhor, sei. Transformou a CBF em agência de turismo, oferecendo viagens interessantes pelo país aos seus comandados, além de montar verdadeiras torres de babel tupiniquins em algumas escalas.

Em Aracaju, por exemplo, tinha árbitra e uma bandeira de São Paulo, outra do Distrito Federal, o quarto árbitro de Sergipe e o VAR também paulista. Em Chapecó apareceu uma equipe inteira do Rio Grande do Norte para conhecer o oeste catarinense.

Quem nos gabinetes da CBF deveria dar conta do recado, gasta perdulariamente, com o resultado pífio que assistimos rodada a rodada deste campeonato cheio de asteriscos. Está provado que apenas equipamento não muda nada. Ao invés de avançarmos, modernizando legislação e arbitragens, lá longe, na Suíça, a International Board trata de atrapalhar, produzindo regras anacrônicas e sem nenhum sentido. No Brasil, especialmente, continuamos fiéis seguidores do pior “modus operandi” em matéria de regramentos e de organização.

Foto: André Palma Ribeiro / Avaí FC

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